segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Amanita percursus pedestrus

Um novo cogumelo a proliferar nas nossas montanhas, aparece repentinamente sem avisar, vai deixando marcas por onde passa, não pede autorização, desenvolve-se uma simbiose com os pedestrianistas, mas passado pouco tempo este cogumelo vai desaparecendo.
De ano para ano, a vegetação cresce e a simbiose vai diminuindo pela falta de manutenção dos caminhos.
Infelizmente é verdade, os trilhos nascem como cogumelos, da mesma forma repentina que aparecem, pura e simplesmente desaparecem, em muitos lugares deste país é moda, a pratica de pedestrianismo e a necessidade de criar cada vez mais percursos pedestres também vai aumentando, mas a pratica de manter, limpar e renovar, esta é deixada de lado pelas entidades promotoras.
Algo que tem vindo a incomodar-me algum tempo é quando chegamos às aldeias vemos o património local, pintalgado com marcas amarelas e vermelhas, sem respeitar as tradições, gentes e cultura.
Os percursos pedestres marcados alertam à pessoa que por ali, o caminho é o mais seguro, não tem riscos de se perder e pode visitar o património mais belo do local, mas com o auxilio de folheto que por obrigação deverá conter mapa legível, mas tudo isto tem moderação, não é chegar a determinados locais, e avistar em linha recta umas 12 marcações seguidas, num espaço de 15 metros, como acontece na subida do BICO DO PATELO, no Trilho do Castrejo em Castro Laboreiro. Mas quem foi o idiota que fez aquele serviço? É um atentado paisagístico, que deveria ser punido por lei.
Sou a favor dos percursos pedestres marcados, mas quem os executa, que tenha a formação adequada, para que estas barbaridades não sucedam nas nossas montanhas.

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